domingo, 29 de março de 2015

"And if we were born for someone, when will 'he' come, that someone?"

Muitos de nós, ou todos nós, vivemos querendo encontrar uma alma gêmea, um amor para uma vida inteira. Oras, quem não sonha com algo assim, perfeito, mesmo sabendo que nunca será? Hoje em dia acho que antes de se preocupar que isso aconteça, é melhor viver a vida distraidamente, viver sozinho, com a própria companhia, fazer quantos amigos puder, viajar o quanto puder, ter milhões de histórias pra contar, se dedicar ao que se gosta, ler muito, ouvir muita música, expandir seus talentos, se descobrir. A vida é muito mais do que ter um namorado e viver se declarando pra ele.
Quando você for bem feliz sozinho (mas não estou dizendo para entrar no celibato, é claro), interessante para si mesmo, atrairá quem estiver na mesma sintonia, sem precisar forçar a barra para isso. Bom, essa é a minha teoria (embora ainda não tenha funcionado muito, amorosamente falando :P, afinal não é fácil ser racional). E sim, parece tolice. Mas eu ainda não deixei de acreditar, mesmo que o mundo das superficialidades diga que eu preciso sempre me esforçar primeiro para agradar os outros antes de me agradar. 
Acho que é muito ruim ter medo de ficar sozinho.  Melhor é viver sem esse medo e aproveitar o que puder ser aproveitado. O medo é a fonte do sofrimento que nos faz fazer escolhas erradas só para dizer que temos uma companhia. E é muito bom não depender de ninguém emocionalmente.
Eu não quero nada vazio. Prefiro então estar preenchida de mim mesma enquanto algo enriquecedor não acontece. E se não é pra ser bom, que não aconteça. Eu me divirto de qualquer jeito.



sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Oi...

Oi. Já faz quase cinco anos. Nem acredito. Tanta coisa se passou, não foi? Hoje as pessoas batem foto de tudo, acho que bem mais do que antes. Qualquer sorriso, qualquer festejo, qualquer momento que consideram importante. Hoje a vida veio me trazer muitas lembranças. Novamente um filme passou pela minha cabeça. Quis vir aqui te contar. Na verdade nem quero que leia. Não vou te enviar isso para que leia. Se um dia você ler, que seja por um acaso. São quase cinco anos. Sua vida é outra e a minha também. Aprendi tanta coisa, queria que você soubesse. Fiz um mestrado, aprendi a ensinar inglês, é, eu sei, um dia eu te falei sobre isso. Espero que fique feliz em saber. Sabe, eu queria sim te contar tudo isso. Não consigo. Você fez uma escolha e eu obedeci, eu estou respeitando essa decisão.
Dia desses sonhei a noite toda com você. Engraçado que há muito tempo eu não sonhava a noite inteira contigo. O mais interessante é que sempre que eu sonhava contigo, doía muito. Confesso que lembrar de quem parece não existir mais dói um pouco, mas agora lá longe, nada que esteja tão ao meu alcance. Fiquei lembrando daquele rapaz. Fiquei lembrando dos sonhos que sonhamos juntos. Era tudo tão bonito. Estou aqui escrevendo e escutando “The build up”, lembra? Da Feist com The Kings of Convenience. Você deve lembrar, pois você gostava dessa música. Interessante. Tenho essa música no meu celular, hoje em dia eu escuto sem morrer de chorar, antes eu morria de chorar. Hoje eu escuto e lembro de você, mas não me aprofundo nos pensamentos. Pra falar a verdade, hoje acordei meio nostálgica. Deu vontade de te escrever.
Desde que acabamos eu tenho buscado encontrar o amor novamente. Sabe, essa jornada é difícil, espero que você tenha sido mais bem sucedido. Sinto falta daquele garoto que me fez companhia por seis anos. Eu sei que ele não existe mais. Às vezes ainda dói de leve lembrar da existência dele. Dia desses lembrei que um dia brincamos de jogos de palmas ao som de The Gossip, você com certeza nem lembra disso, mas eu lembro que rimos tanto que a boca doía. Era tão bom ter com quem brincar, a brincadeira mais boba que fosse. Era muito bom ter alguém que risse do mesmo que eu ria. Éramos ingênuos. Achávamos que nosso amor duraria pra sempre. Mas aí a vida aparece com suas garras, com seu lado duro, e nos mostra que não é bem assim, que os caminhos devem ser outros, que nem tudo que imaginávamos de fato aconteceria.
A vida me mostrou que o que eu gostava desde criança deveria ter a ver  com o que eu faço hoje, fico me perguntando se você ainda trabalha com música. Mas não quero que ninguém me fale, não quero que você me fale, sabe, tenho medo de que de alguma forma, a ferida que se fechou se abra novamente. Embora não faça sentido algum que isso aconteça. Sabe o que é? Tenho saudades daquela ingenuidade. Sinto saudades do tempo em que eu sonhava com algo eterno, do tempo em que eu não estava forte o suficiente, nem dura o suficiente para a realidade. Sinto saudade de simplesmente amar sem ter medo de não sentir amor. Apesar de ter certeza hoje em dia de que foi melhor assim. Apesar de não desejar nunca mais ter qualquer coisa com você. Eu sinto por não podermos conversar. Sabe, hoje vi uma amiga minha, que você também conhece, ela acabou o casamento dela, com outra pessoa que você também conhece, por motivos que não tenho ideia, e sei que ela prometeu a si mesma que não manteria amizade. Mas hoje eu vi que ela deixou uma linda mensagem pra ele. Fiquei tão comovida, pois sei que não temos isso. Sei que você passa por mim e não fala e que eu devo agir exatamente da mesma forma, foi um acordo calado que resolvemos ter. Eu demorei a aceitar e hoje em dia tenho minhas dúvidas se já aceito realmente. Mas enfim, lembra daquela música do Keane,“ We might as well be strangers”? Chegamos a esse ponto. Passamos um pelo outro e preferimos fingir que não nos vimos. Me recordo de todas as vezes em que te vi. Recordo também do quanto você está diferente. Recordo também de que sou outra pessoa. Recordo de que não somos mais os mesmos. Recordo de que esse tempo passou. Recordo de que eu não deveria olhar pra trás. A vida não tem sido fácil, não tem sido sempre carinhosa, queria que você soubesse. A vida tem sido somente a vida mesmo. Mas mesmo assim, queria te agradecer pelos momentos e pelas lembranças. Mas não, não vou te mandar isso.
Termino de escrever escutando Somersault, você lembra?


sábado, 26 de julho de 2014

:D

Ah, nem sei por onde começar. Não sei se é por que estou escutando o álbum do Jeneci, não sei se é porque ando sensível demais. De vez em quando acontecem coisas fofas na minha vida. Tipo hoje. Não sei se é porque meu aluno me chamou pra ir pra aula de percussão com ele, se por que ele me deu bolo de chocolate (sim, ele é adulto) , se é por causa do vídeo que assisti das pessoas salvando animais, e até mesmo se salvando. Ah, eu gosto de conhecer pessoas meigas, acho que sou meio assim e quando conheço alguém tão lesado quanto eu  fico feliz, derretida, sei lá. É muito bom ver doçura na ação das outras pessoas, gratuitas, sem exigir nada em troca. Obrigada por serem tão fofas, essas algumas pessoas ao meu redor, vocês fazem meus dias melhores e fazem meu coração ficar mais quentinho. Talvez por isso eu goste de tratar todo mundo bem, ou pelo menos, o melhor possível, por que gosto de causar nas pessoas a sensação boa de se sentirem confortáveis e isso me satisfaz.  Acho que alguns poderiam entender isso como falsidade, forçar a barra, ou sei lá, mas não, eu faço isso só porque me sinto bem mesmo, me desculpem se isso vai contra as suas teorias de que as pessoas que gostam de ser boas são hipócritas e etc. Não sei se sou boa por interesse, mas se eu for, qual o problema em ser boa e ter como interesse ser bem tratada? Acho até lógico.
Eu sou facilmente comprada por sorrisos, por risadas espontâneas, por piadinhas improvisadas, por abraços apertados, por declarações tímidas, por bolo de chocolate, por carinho. Ah, sou bem facinha nessas horas, hahaha! Nem sei por que comecei a escrever isso, acho que é por que senti meu coração bem aquecido hoje pela meiguice alheia. Para acompanhar , eu recomendo esse álbum do Jeneci, que parece ter letras até infantis, mas as mensagens são tão bonitas, dá pra dar uma viajada boa nos pensamentos, se tranquilizar, sonhar, relembrar algum período da sua vida que estava  bem guardadinho na memória, dá pra dar uma choradinha discreta. Falar em choradinha discreta, você já chorou no ônibus, tentando disfarçar de quem estava perto de você? Lembrei das vezes em que eu ridiculamente, ao lembrar de alguma coisa que por um acaso mexe comigo,  fiz isso. É terrível. Começa a sair água dos olhos, e de uma forma meio estranha, você vai tentando enxugar os olhos para que as pessoas não percebam. Muitas vezes eu não consigo nem olhar pro lado, sou lesada assim e não gosto que percebam. Coisa de gente melancólica como eu.
Este mês realizei dois sonhos: ir conhecer o Rio de Janeiro e ir conhecer o Chile, ver a neve e tals. Agora estou lisa, lisa mesmo. Parece até irresponsabilidade a essa altura da minha vida , mas estou feliz por ter realizado estes sonhos. Vi tanta coisa nova, diferente do que eu conheço ou estou acostumada a ver. Me realizei por alguns dias. Pretendo me realizar mais ainda. Mas me diz, que deixaremos nesta terra? Não tenho filhos ainda, nem um marido me esperando em casa, então prometi pra mim mesma que viverei de forma mais plena. Que conquistarei o meu amor próprio pela minha própria vida, que é minha, só minha e não de quem quiser, parafraseando a Cássia.  O que isso tem a ver com o que eu estava falando? Nada. Só quis contar mesmo, afinal  este é o espaço que reservei para mim, para que eu pudesse falar o que viesse ao meu coração. Que bom ter liberdade para isso. Ouça, quem quer que esteja lendo isso, algo que te preencha, que encha teu peito de felicidade, esqueça a crítica alheia, seja feliz quando estiver sozinho, é tão bom. Escreva ou faça algo que julgue melhor. Minha vontade agora era de beijar uma boca masculina bem linda, mas como não tenho  uma disponível agora, vou continuar escutando música, continuar sonhando, continuar viajando nos pensamentos  e já já ir dormir. Boa noite pessoa linda que leu isso.




domingo, 1 de junho de 2014

Alívio

Me sinto absolutamente aliviada agora. Só não me sinto mais por que queria mandar uma determinada pessoa se fuder, mas sou muito educada e acho que falei tudo o que eu deveria ter falado. O fato é o seguinte: nunca aceite menos do que você pode oferecer! 
 E é isso. Me sinto bem.


segunda-feira, 26 de maio de 2014

"We used to wait..."

Há algum tempo atrás, quando o encontrei, ele me disse"-É isso! Pensar leve! Levar a vida menos a sério!", quando o disse que essa era uma das coisas que ele havia me ensinado e que nunca iria me esquecer.
Gosto de lembrar do quanto ele realmente levava as coisas de forma leve, enquanto eu sempre pesava tudo,sempre me preocupava demais e queria encontrar sempre soluções. Talvez o que ele tenha tentado me dizer de verdade, é que eu deveria aproveitar mais os momentos e parar de pensar tanto.
Guardarei sempre essa lembrança alegre dele, sempre mesmo. E sei que em algum lugar, onde ele estiver, vai lembrar de alguma coisa que devo ter deixado com ele, como ele chegou a dizer, usando palavras bonitas sobre coisas que disse ter aprendido comigo, e fico feliz por ter contribuído em algo, até mesmo nas descobertas que ele chegou a fazer.
Sou daquelas que dificilmente gosta de verdade de alguém. Por isso, lá se vão quatro anos. Percebo meu corpo mudando, não só pela falta de regularidade na atividade física, pela falta de preocupação excessiva com o que eu como, mas por que sei que é assim mesmo, a gente nunca tem a a mesma aparência que tinha aos quinze anos, quando se está com trinta, mesmo que ainda me elogiem. Dia desses um desses moços disse: " -Você é linda!", ouço esse elogio com um tremendo estranhamento, embora eu até me ache bonita ás vezes, de vez em quando, nem sempre, com alguma frequência que poderia ser melhor. De alguma forma tenho deixado minha porção de "mulher sedutora" de lado. Na verdade acho que ando meio triste, não sei explicar essa tristeza. Sempre ecoa aquela voz:"-Pense leve! Não leve a vida tão á sério!". Nossa, quando ele me disse aquilo, parecia tão fácil. 
Há momentos em que desistimos. Não,minha vida não terminou aqui, eu sei disso, mas desistir de tentar de alguma forma e deixar se levar deve ser mais fácil.Não aguento mais tentar. Já deu! Encheu o saco! Parei! Para que corremos tanto atrás da existência de outro alguém que venha afirmar nossa importância? Por que simplesmente não nos amamos de uma forma tão autossuficiente que simplesmente não tenhamos que  precisar de outro para isso? Por que não é assim, tão simples? Ou será assim, tão simples?Gostaria de saber o que me falta então para chegar a esse nível de maturidade e conformidade. Às vezes só tenho vontade de chorar e ficar isolada do resto do mundo. Ah, aquele moço que me chamou de linda, só queria me comer mesmo, aquela velha história. Somos comida, não que eu não goste, quem não gosta? Mas eu gosto de sentimentos também, gosto de interação, de conexões, daquelas coisas que dizem que não acontece todos os dias. Aquelas coisas que dizem que quando acontecem devem ser agarradas, de vez. Meu ex me disse: "-Você vai encontrar a pessoa que procura.". Ele sabia que não era essa pessoa, será mesmo que estou nesse direito de encontrar alguém?Será que é isso que devo buscar? Será que não tenho a missão de viver assim, sem essa coisa de "encontrar alguém"? Será que ele mesmo já consegiu encontrar (apesar de eu mesma não fazer a mínima questão de saber)? Será que isso existe mesmo? Será que esse não é mais um daqueles desejos que são impregnados nas nossas cabeças desde pequenos para que venhamos a perseguí-lo por toda a vida como se fosse uma resposta para todas as nossas angústias que sofremos individualmente? Um alguém para compartilhar de nossas angústias? Um compartilhador de dores? Não era para sermos simplesmente felizes com o tal alguém? Ah, por favor! Isso não existe! Parem! Daí eu começo a pensar naquela frase que sempre nos dizem quando um relacionamento amoroso não dá certo, que acabo de descobrir que é uma frase de Shakespeare, e que nunca me disseram completa, hehehe:

Plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar, que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!” 
William Shakespeare


Bem,  essa parte de ser forte e tals, é coisa real mesmo, senão eu não teria conseguido superar a etapa de fim de um relacionamento longo. Ufa! O mais engraçado disso tudo, é que mesmo os novos relacionamentos, curtos e sem tanta intimidade assim são capazes de causar dores similares, por que infelizmente esse tal de sentimento não escolhe muito bem hora nem lugar, muito menos a pessoa certa, se ela existir, na maioria das nossas tentativas, aí você começa a gostar, mesmo que essa não tivesse sido a sua intenção desde  o início, e aí que você começa a estragar tudo, pois não consegue esconder, ainda mais se for como eu, que sou tão evidente em relação a qualquer coisa que sinto. Aí vem aquela ideia de: preciso me controlar ou vou estragar tudo. Depois vem um pensamento assim: preciso dizer o que sinto, senão nunca saberei o que poderia ter acontecido. Aí o desenrolar da história costuma ser bem parecido.

Enfim,quanta bobagem estou falando hoje. A gente dá importância para tanta coisa sem importância, o problema todo é que mesmo as coisas que não deveriam ter importância, elas existem e existindo ocupam espaço, e ocupando espaço podem nos tocar.  Vou ali planejar aula e tentar começar a assistir um filme antes de dormir (eu deveria dormir mais cedo :P).







I used to write,
I used to write letters I used to sign my name
I used to sleep at night
Before the flashing lights settled deep in my brain
But by the time we met
By the time we met the times had already changed
So I never wrote a letter
I never took my true heart I never wrote it down
So when the lights cut out
I was lost standing in the wilderness downtown
Now our lives are changing fast
Now our lives are changing fast
Hope that something pure can last
Hope that something pure can last
It seems strange
How we used to wait for letters to arrive
But what's stranger still
Is how something so small can keep you alive
We used to wait
We used to waste hours just walking around
We used to wait
All those wasted lives in the wilderness downtown
oooo we used to wait
oooo we used to wait
oooo we used to wait
Sometimes it never came
(oooo we used to wait)
Sometimes it never came
(oooo we used to wait)
Still moving through the pain
(oooooo)
I'm gonna write a letter to my true love
I'm gonna sign my name
Like a patient on a table
I wanna walk again gonna move through the pain
Now our lives are changing fast
Now our lives are changing fast
Hope that something pure can last
Hope that something pure can last
oooo we used to wait
oooo we used to wait
oooo we used to wait
Sometimes it never came
(oooo we used to wait)
Sometimes it never came
(oooo we used to wait)
Still moving through the pain
(oooooo) anekatips
we used to wait (x3)
We used to wait for it
We used to wait for it
Now we're screaming sing the chorus again
We used to wait for it
We used to wait for it
Now we're screaming sing the chorus again
I used to wait for it
I used to wait for it
Hear my voice screaming sing the chorus again
Wait for it (x3)

sábado, 24 de maio de 2014

O encantador

O encantador

Encanta a dor,

Encana a dor,

Desencana o amor,

É sacana com minha dor,

Me arranca o sabor,

Me engana com seu lado escritor,

Me esgana de dissabor,

Me provoca um amor.

Me exclui do seu redor,

Me traz de volta , desencobre o meu melhor,

Me abraça sem me conhecer,

Me escuta sem me querer,

Me mostra como é  amar.

Faz renascer em mim o me amar,

Me afasta e se traz de volta ao meu olhar,

Quando um dia nem queria mais te lembrar.

Me esquece e me lembra,

Me aquece e me lamenta,

Me enriquece e me acalenta,

Me adoece e me deixa sangrenta.

Porra de amor!

Porra de dor!

Porra de porra!

Torpor.

Me sacuda meu amor!

Me iluda por favor!

Me relembre essa dor!

Me faça esquecer, por favor.

Me abraça de amor.

Me transa de calor.

Me ataca sem dor.

Me exclui minha cor.

Me ama!

Me encanta!

Encanta minha dor.

Encanta a dor.

Encantador.

domingo, 11 de maio de 2014

Dia das mães

Quando eu era pequena, eu tinha medo de pedir as coisas pra ela:
"- Mãe, posso ir pro passeio da escola?
-Não, que é perigoso."
Aí, eu costumava ficar com muita raiva e me trancar no quarto e chorar até não ter mais fim. E quando era o dia do passeio, ficava em casa lendo, desenhando, aprendendo algumas palavras em inglês e sem entender por que eu estava sendo impedida de ir.
Quando eu era adolescente e minha mãe tinha se tornado minha amiga além de mãe:
"-Mãe, vou viajar com meus amigos pra cidade tal.
-Não vá, to com um pressentimento ruim sobre isso."
E eu, teimosa, fui, e minha mãe estava certa. Sei lá se vocês acreditam em pressentimento, só sei que foi a péssima ocasião em que ouvi pela primeira vez barulho de tiro e fiquei sem nadinha além da roupa do corpo.
Agora adulta e cheia de perguntas sobre a vida:
"-Mãe, quero tentar passar pelo menos um ano fora do país. Será que consigo? Mãe, quero fazer Letras, acho que não amo Turismo. Mãe, posso ficar aqui do seu lado?
-Pode sim filha. Você tem que tentar fazer logo o que você acha que vai te fazer feliz." E sempre me dá um abraço.
E sempre que chego em casa, que a barra tá pesada, ela está lá, me perguntando o que aconteceu, pronta para me dizer a verdade e para me dizer a famosa frase:
"- Ei minha filha, levanta a cabeça!"
E eu já disse pra ela hoje que eu a amo.
Feliz dia para todas as mamães!


E a minha mãe ama "The Carpenters":



We've only just begun


We've only just begun to live 
White lace and promises 
A kiss for luck and we're on our way 
We've only begun 

Before the rising sun we fly 
So many roads to choose 
We start our walking 
And learn to run 
And yes! We've just begun 

(*) Sharin' horizons that are new to us 
Watchin' the signs along the way 
Talkin' it over just the two of us 
Workin' together day to day, together 

(**) And when the evening comes we smile 
So much of life ahead 
We'll find a place where there's room to grow 
And yes! We've only just begun